Cris Netto
O nada
Entre o nada e o tudo, uma imensidão.
O vazio ocupa mais lugar do que muita coisa.
As relações superficiais enchem nossas timelines sem acrescentar nada, enquanto ficamos à espera daquela ligação que não chega.
O silêncio fala mais verdades do que gostaríamos.
Gritos habitam as alcovas que deveriam receber o silêncio dos amantes.
Aquela que cala, não necessariamente consente.
Mas o seu silêncio grita a dor que lhe corta a alma.
A folha em branco conta as histórias que nunca teríamos coragem de escrever.
Revela as mazelas não escritas pelo escritor e toda nossa vulnerabilidade diante do total vazio de ideias.
Às vezes não ter nada a dizer é uma benção. Principalmente para o leitor.
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