Tânia França
Quem diria, quem dirá
Quem diria que um vírus chegaria,
Para o mundo inteiro preocupar.
E assim, de um dia para o outro
Ficaria proibido ao ser humano se abraçar.
Pandemia, palavra nova, pouca coisa será
A humanidade parecia humanizada.
Músicas, palmas, sorrisos e cordialidades
Vindas das sacadas, eram pura solidariedade.
Mas o tempo passando mostraria
Que o humano pensa mais que de repente,
Dia a dia repetindo a mesmice
Em angústia a parada se tornaria.
Dor e morte, solidão, distância, loucura
Máscaras que as bocas cobrem,
Medo da miséria que aumenta.
Esperança na Ciência que trará a cura.
Quem diria que o ano se passou,
Poucas festas, visitas, bom humor.
Faltam palmas, sorrisos, solidariedade
O ser humano precisa de mais amor.
Quem dirá quanto tempo falta ainda
Para a boca da máscara se livrar
E o abraço apertado poder se dar.
Quem dirá, quem dirá...
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