O poder do heroi

Rachel Baccarini

Rei Arthur, Joana D’Arc, Super-Homem e Nelson Mandela, o que eles têm em comum? São heróis, são símbolos ou modelos que nos fazem lembrar quanta nobreza pode o ser humano personificar.

No século XXl, eles se resumem aos heróis dos quadrinhos, mas que bom que ainda os temos. Eles não são brincadeira de crianças e adolescentes. São sussurros esporádicos que falam alto na nossa alma nos pedindo para vencer de uma vez nosso lado animal e nos tornarmos seres humanos na sua concepção plena. Infelizmente, hoje o que sobressai é a nossa animalidade e indiferença. Os muitos heróis anônimos na nossa sociedade, são anônimos, não tem a exposição e a valorização que merecem.

Mas, quando a nobreza de um super-herói como o Pantera Negra aparece também no ator que deu vida ao personagem, é como se toda a humanidade fosse redimida.

Chadwick Boseman é um bom exemplo disso. Filho de família afro-americana modesta, iniciou escrevendo e dirigindo peças em Nova York, antes de estrear como ator, interpretando papeis de homens negros famosos. Em 2013, interpretou a história do primeiro jogador negro na liga americana de beisebol e no ano seguinte interpretou o cantor James Brown.

Aos 40 anos, tornou-se famoso com o filme Pantera Negra, da Marvel, um dos filmes de maior faturamento do cinema. Aos 43, morreu de câncer de cólon. Ele vinha lutando contra o câncer há 4 anos e incorporou seu mais famoso personagem enquanto enfrentava a doença, em silêncio. Segundo as pessoas com quem ele conviveu, Chadwick, além de competente, era humilde e de bom coração. Entregou-se de corpo e alma para dar vida ao rei de Wakanda, Rei T'Challa, que se transformava no herói africano. O Pantera Negra não se rendeu ao colonialismo europeu e sonhava com um mundo melhor e mais justo, como Wakanda.

Seres humanos precisam de heróis em quem se inspirar, que nos façam recordar o nosso propósito e a nossa nobreza.

Wakanda, forever!

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