Mara Lígia Biancardi
cerceados
num túnel
afogados pela água
imunda que corre por baixo
ratos e baratas a procura de comida
mísseis de desumanidade
cruzam acima
não se pode olhar para o céu
não se pode puxar o ar
que se divide em mil narinas
vidas por um fio
fios à espera de se arrebentarem
pios que se emudecem
caos na atmosfera
feras à solta sem piedade
os fios que ainda se mantém
amarram-se e não se soltam
até que os laços possam
ser refeitos
Pageviews desde agosto de 2020: 2866
Site desenvolvido pela Plataforma Online de Formação de Escritores