Algumas Reminiscências do Liceu Pasteur


Luiz Alexandre Kikuchi Negrão

Liceu Pasteur: Duas em Uma Escola

Praticamente centenário [1], o Liceu Pasteur proveio da Sociedade Civil Lyceu Franco-Brasileiro “São Paulo” [2], fundada por notáveis (Francisco de Paula Ramos de Azevedo, Ruy de Paula Souza, Américo Brasiliense, Cyridião Buarque, Reynaldo Porchat e Júlio Mesquita) e pela missão de intelectuais franceses no Brasil [3] que, além da Universidade de São Paulo, promoveu a criação de instituições [4] [5]. O colégio paulistano foi agraciado com a Medalha Anchieta da Câmara Municipal de São Paulo [6]. Conta com duas unidades: a Mayrink (inicialmente denominada Liceu Franco-Brasileiro e de 1941 a 1964, Liceu Pasteur), no número 256 da Rua Mairinque, Vila Clementino, São Paulo; e a Vergueiro (criada em novembro de 1964 a partir do “Curso Experimental Bilíngüe” e denominada até 2011 “Lycée Pasteur” [7]), com aulas integralmente em francês, na Casa Santos Dumont, na Rua Vergueiro, número 3799, esquina com a Rua Diderot, Chácara Klabin. Na Unidade Mayrink, destaca-se a Biblioteca “Dr. Alcyr Porchat”, com rico acervo de milhares de livros e periódicos e em três andares. Junto à esta unidade, situa-se a Capela (Matriz Paroquial Francesa de São Francisco de Sales), com missas em Língua Portuguesa aos sábados às 18 horas e em Língua Francesa aos domingos às 10:45 horas.


Nas Primeiras Décadas

A partir do seu advento o tradicional colégio ensinou a elite paulistana, com os requintes da língua e cultura francesas. Marca indelével, a disciplina foi muito rígida.
Os primeiros anos não foram tranquilos. Nos primeiros anos, a crise foi solucionada com as exitosas medidas de técnico francês com o primeiro diretor, o Dr. George Laboness [8], que possibilitaram a inauguração em 05 de setembro de 1925, às 14 horas [9]. Assim como a capital paulista, ficou exposto à guerra urbana no período de 5 a 28 de julho de 1924, quando grassou a Revolução Esquecida: em fogo cruzado, o centro da urbe e bairros foram palco de guerrilhas de insurgentes e tropas federais e legalistas. Em decorrência de novo regime no Brasil, entre 09 de julho e 02 de outubro de 1932, a Revolução Constitucionalista buscou uma nova Constituição Federal, mobilizando também alunos do Liceu na Comissão Central de Escoteiros [10].
A instituição teve em seus quadros, dentre outros, expoentes como a Professora Francisca de Oliveira Figueiredo [11] e o Professor Hermann Urbano Nabholz [12], além de Valério, Vidal, Teles, Nelly, Lucio, Belisário, Carvalho, Hilário, Edwirges, Zilda, Ximenes e Areco (ambos de Educação Física), Ciro, Lana, Carroso, Gimenes, Oreco, Osmar, Barba, Baiano, Dona Marisa, Dona Martha Helena, Dona Toca, Rubens (Biologia), Elíseo, Ortega, Michelle (Francês), Rochildes, Maria Aparecida Souto Mayor (carinhosamente Dona Cidinha, que foi Coordenadora de Ensino), Alfredo Stávale Sobrinho (Matemática), Hiroshi, Marcos, Leandro, Carol, Dona Diva, Dona Helena, Dona Marta, Lana, Lucio, Gustavo, Alcides (Biologia), Cunha e Nazir (Informática). Entre os ex-alunos, destacavam-se: o saudoso banqueiro Walther Moreira Salles [13], o engenheiro e soldado pela libertação da França na Segunda Guerra Mundial, Dr. Pierre Landman [14], Salim Moysés Auada, a cantora Rita Lee, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a jornalista Lilian Witte Fibe, o político Walter Feldman, o delegado de polícia Sérgio Paranhos Fleury, o maestro João Carlos Martins, o médico Dráuzio Varella, o ex-senador Orlando Zancaner, o ex-reitor da Universidade de Brasília Professor José Carlos de Azevedo, Professor Antônio Fernando Tomasi, o costureiro Ronaldo Ésper, o ator Emílio Orciolli Neto, Doca Street, os jornalistas Sérgio Dávila e William Bonner, o jogador de futebol Maurinho (Zé Vidraça), a filósofa Scarlett Marton e o vocalista da banda Ultraje a Rigor, o Roger Rocha Moreira.
Constituíam também do conteúdo programático: Latim e Coral (Professores Nilo Sergio Sanchez, Walter Lourenção, Davi Reis) [15]. Também havia eventos para o público em geral, como a palestra “A poesia e o destino da civilização”, proferida pelo Sr. Maurício de Morais [16].
Desde 1981, na comunidade do Liceu Pasteur, o Pasteur Athlétic Club (PAC) [17] vem agremiando alunos para melhores desempenhos em rugby.


Na Minha Época

Quando Luiz foi aluno, sob a direção geral do memorável Dr. Pedro Salomão José Kassab [18], mantendo parte de seus expoentes, o Liceu Pasteur mantinha disciplina rígida da quinta série (do ensino fundamental) em diante, em especial o colegial (ensino médio), embora para os colegiais fosse obrigatório apenas para as aulas de Educação Física o uniforme (em transição à época, da camisa branca com logotipo e agasalho marrom, para camisa branca e agasalho azul royal) e para todos os alunos do Curso Primário. As inspetoras de alunos, como a Dona Maria (que a todos reportava como “carabinieri” ou “mocinhos” e impunha a repressão nos corredores históricos do Liceu, embora fosse muito atenciosa e bondosa) e a Sra. Maria Aparecida, mantinham os corredores livres dos alunos que gostavam de passear no colégio... e dos mais exaltados e os que criavam problemas que os professores não conseguiam administrar em sala (como as raras fugas de alunos pelos fundos, onde houve muitas árvores altas e mato alto). Ser surpreendido sem autorização de professor poderia ensejar uma visita ao Diretor, o saudoso Professor Antônio de Arruda Meyer [19], sucessor do Dr. Pontes (da década de 1950 em diante), e possível suspensão de dois dias, que era encaminhada pelos correios aos pais do aluno, além dos vizinhos! (para que a notificação oficial não fosse extraviada). Greve de alunos [20] em 1990 ensejava expulsão. Alguns tiveram a carta convite para retirar-se da escola... a maioria dos pais acolhia, mas outros ignoravam e os filhos ficavam em condicional.


A Experiência Pessoal

Entre 1989 e 1992, Luiz cursou durante a oitava série do ensino fundamental (ainda não havia o nono) e todo o colegial (atual ensino médio). Os irmãos Yramaia, Magda e Paulo Fernando permaneceram por dois anos em média e vieram a concluir o ensino básico em outras instituições de ensino.
Por decisão da Associação de Pais e Mestres, o Liceu Pasteur oferecia bolsa de estudos integral para quem se destacasse no vestibulinho; e parcial para os ingressantes com boas notas. Luiz saiu do Centro Educacional Pioneiro na 7ª série (hoje 8º ano do ensino fundamental) para o Liceu Pasteur, depois de ter um mês e meio para aprender o suficiente de Francês (com cadernos e livros emprestados da vizinha, Dona Ida Higashi, cujos filhos Carla Regina e Carlos – o Carlinhos - estudavam no Liceu Pasteur) e ter prática de datilografia. Além de Francês e da prova prática de Datilografia, fez provas de Português e de Matemática, logrando êxito nas provas escritas, porém reprovou em Datilografia, sendo obrigado durante todo o ano seguinte fazer provas mensais desta disciplina na sala apropriada do 1º andar, que atualmente está dividida para os laboratórios de Química e Física.
Na oitava série Luiz foi aluno em uma das três turmas, sendo que muitos prosseguiram os estudos em outros colégios (Objetivo, Rocha Marmo, Bandeirantes, Lasar Segall, entre outros), em razão dos planos econômicos dos governos. O adolescente enturmou-se rapidamente com os colegas que seguiam normas rígidas de conduta durante as aulas e os intervalos, mantidos por professores e inspetores de alunos (Dona Maria, entre outras). Como o fichário e os livros eram pesados, o pai criou e montou um carrinho com estrutura de tubos de PVC e rodas com rodízio de carrinho de pallet. Eram bastante teóricas as aulas de Português (Nurimar de Almeida), Inglês (Olga Musselam Bayoud ou Dona Olga), História (Alzira Tieko Katsuya [21], carinhosamente Dona Alzira), Matemática (Dona Hilda), Física (Alcides Goya), Química (Júlia), Biologia (Vera Lúcia Denser), Francês (Maria Regina), Geografia (Eliana) e OSPB (João Fernandes, vulgo Jabá), salvo a de Educação Física (Florival Carmona, José Roberto e Lídia) e de Informática (Professor Nazir e a assistente Valéria). A Professora Rosângela Gadelha, advogada, lecionou sobre Contabilidade, ensinando como abrir, manter e fechar empresas. Severa, Dona Hilda chamava alguns alunos para resolver questões na lousa e havia o sério risco tanto de acertar quanto de errar e ela puxar uma das orelhas... Além de ensinar a matéria sobre Biologia, a Professora Vera reforçava as questões de asseio e higiene pessoal e, em especial, Ecologia, adotando obra de Albino Fonseca, com este título. Ainda, as aulas de Educação Artística, com a Professora Denise (Zezão), que diziam ser sobrinha do Diretor, que se reportava a todos como “jovenzinhos”, envolviam muitos trabalhos manuais em sala de aula e como tarefa de casa. Nas aulas de informática os alunos aprendiam a linguagem LOGO e rudimentos de Pascal. O Professor Goya era sucinto nas explicações sobre Mecânica, não era rigoroso nas avaliações, porém, vale ressaltar uma habilidade pessoal – nenhum aluno conseguia alcançá-lo no percurso entre a colégio e a estação de metrô Santa Cruz. Um dos professores, ao aplicar as provas, era inusitado: formulava questões teóricas e uma a mais (“Pra cabeça”, que valia um ponto extra, com uma charada), bem como fiscalizava os alunos permanecendo sentado à mesa lendo jornal com furos para enxergar possíveis colas. Na saída havia o Seba e a Tia Dulce que vendiam guloseimas. Para o recreio no pátio houve concorrência entre os Lanches da Loló e a Pão de Recreio (depois Buffet Ipanema).
Em 1990, o País viveu o fundo do poço econômico. Depois da moratória de 1987, a hiperinflação seria combatida pelo confisco da poupança, realizado no feriado bancário de 15 de março (Sarney havia decretado para que o sucessor Collor realizasse o “choque econômico heterônomo”). Nesta conclusão do antigo Curso Primário (atualmente ensino fundamental), Luiz não participou das festividades da formatura.
O primeiro colegial foi um ano com alguns colegas do final do ensino fundamental (Suzana Nogueira, entre outros) e novos colegas – ingressantes - e muitos da oitava série, com alguns professores novos: Física (a novata Andréa, que substituiu a titular durante a licença-maternidade), História (Zelinda Casella), Matemática (Sônia Dominguez), Química (Ivany), Biologia (Mieko), Francês (Marie Anne), Geografia (Armênia) e Inglês (Maria Teresa Fratuce). Foram excelentes aulas de língua inglesa da Professora Maria Teresa, mãe do colega Brutus, que mesclavam muita gramática com bastante conversação, sem decoreba. Também foram excelentes as aulas de Matemática, em que a Professora Sônia abordava a difícil matéria de diversas maneiras e principalmente de forma interessante, citando exemplos do cotidiano.
Com muitos colegas a menos, o segundo colegial foi um ano difícil e outros professores: Física (Maria Helena, carinhosamente Fufi), Português (Nurimar), Matemática (Sônia), Química (Ivany), História e Filosofia (Zelinda), Educação Moral e Cívica (Maria Aparecida), Inglês (Neusa). A docente de língua inglesa, para distrair os alunos que teimavam em dormir em suas aulas vespertinas, beliscava as orelhas dos alunos, inclusive deste ex-aluno, que, por forças hormonais, sentia-se inebriado de sono logo após o almoço...
No último ano em uma das duas turmas remanescentes, Luiz teve um ano letivo tranquilo, mas em um ano conturbado (os escândalos de corrupção agitaram o País em 1992, que resultou no afastamento do Presidente da República, sendo que alguns da turma (Mila Valezi, Suzana Reiter de Carvalho, entre outros), inclusive Luiz, foram em 26 de agosto de 1992 à Avenida Paulista de cara pintada para pedir a saída desta autoridade). Havia duas turmas: uma com aulas de francês (Professor Jean Paul Orsoni) e a outra com inglês (Maria Teresa). Contudo, todos tiveram as matérias Física: (Maria Helena, ou Fufi), Português (Nair), Matemática (Sônia), Química (Ivany) e História (Zelinda). Paralelamente, os alunos preparavam-se para o ensino superior, sendo que alguns assistiam às aulas de cursinhos pré-vestibular em paralelo com o ensino médio.
Para que a turma ainda mantivesse contato, Daniel Moretto Bucheb (carinhosamente Debi) elaborou memorável lista de contatos com bela introdução contendo a letra de “Canção da América” do cantor Milton Nascimento.
Com a conclusão do curso médio, a turma de Luiz participou de missa e comemoração festiva. Ao contrário de anos recentes, a missa não ocorria na Capela, mas sim na Igreja de São Francisco de Assis, na Rua Borges Lagoa, número 1209, Vila Clementino. Durante o rito católico, os alunos assistiram ao sacramento e cada um recebeu o certificado de conclusão de curso. Sob a excelente organização de Gabriela Eugênio e Mila Valezi, a festa de formatura ocorreu com baile dos formandos, pais e convidados no Buffet Érico, em belo salão na Rua Alvorada, número 903, bairro paulistano de Vila Olímpia.


Nos Últimos Anos

Em época posterior, o perfil dos professores e dos alunos alterou e das matérias também. Noticiou-se outra greve de alunos do segundo ano do ensino médio em 2002 [22], ainda mais agitada e com maiores conseqüências. Para conter a irresignação juvenil, atualmente Representantes de turma no ensino médio têm voz perante a Direção. Não há mais Datilografia, mas Informática, Robótica e Laboratórios de Física, Química e Biologia, além de Mentoria, Encontro com Profissionais, visitas, Leitura Dinâmica, Oratória, Professor Conselheiro e Introdução à Administração (para os segundanistas do ensino médio) e o “Líder em Mim” [23]. Aliás, são realizadas as recuperações imediatas e aulas especiais de reforço, bem como simulados para preparação do ENEM e do vestibular. Desde 2008, sob o comando do Diretor Geral, Dr. Moacir Expedito Marret Vaz Guimarães, e da Coordenadora Educacional, Teresinha Regina Salgada Peralta, o tradicional colégio adota o Curso Regular do Sistema Anglo de Ensino, em parceria com a Abril Educação. As missas de formatura passaram a ser realizadas na Capela, com discursos do Sr. Diretor, da Coordenadora e dos Professores Paraninfos e dos alunos oradores.


Considerações Finais

Escola para a vida, o Liceu Pasteur vem ensinando gerações de alunos, que buscam o aprimoramento pessoal e deste honroso País!


Bibliografia
ANGRIMANI, Danilo. Vila Clementino. Série História dos Bairros de São Paulo. Volume 25 – Vila Clementino. São Paulo: Prefeitura do Município de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura - Departamento do Patrimônio Histórico (PMSP/SMC/DPH), 1999.
ASSUNÇÃO, Moacir. São Paulo Deve Ser Destruída. A história do bombardeio à capital na revolta de 1924. São Paulo: Editora Record, 2015. 280p.
COHEN, Ilka Stern. Bombas sobre São Paulo. A revolução de 1924. São Paulo: Editora Unesp, 2007. 144p.
CORRÊA, Anna Maria Martinez. A Rebelião de 1924 em São Paulo. Coleção Estudos Brasileiros 2. São Paulo: Hucitec, 1976. 201p.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Ilustrações Gilmar Fraga. São Paulo: Leya, 2009, 319 p.
NEGRÃO, Luiz Alexandre Kikuchi. Os ideais democráticos de 1932. in GIUDICE, Camila. MATARAZZO, Thais. Para Sempre 32. São Paulo: Editora Matarazzo, no prelo.
PEREIRA, Duarte Pacheco. 1924: O Diário da Revolução. Os 23 dias que abalaram São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.
PINOTTI, Henrique Walter. O Cambuci outrora e agora. São Paulo: editora do autor, 2006, 296 p.
SEGATTO, Éline Maria Ianni. SEGATTO, José Antonio. Rebeliões Tenentistas. Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras. Coordenação da Coleção: Francisco M. P. Teixeira. São Paulo: Editora Ática, 1996, 40 p.
SESSO JUNIOR, Geraldo. Retratos da velha São Paulo. 4. ed. São Paulo: Maltese, 1995, 348 p.

Notas de fim
1 - LICEU PASTEUR. 90 anos do Liceu Pasteur, Notícias / Reportagens, REPORTAGENS, 16/05/2013, disponível em http://www.liceupasteur.com.br/noticias/reportagens/90-anos-do-liceu-pasteur e capturado em 16/02/2016 - 18:07.
2 - Diário Oficial do Estado, sexta-feira, 1º de junho de 1923, página 3973. Publicação da Constituição da Sociedade Civil Lyceu Franco-Brasileiro “São Paulo.
3 - BOURROUL, Heloísa. Liceu Pasteur foi fundado em 1923, O Estado de São Paulo, Caderno Seu Bairro Sul, ano 2, número 55, sexta-feira, 07 de abril de 1995, página Z2.
Relembra a jornalista que, em 1923, o Professor Levasseur, administrador do Collège de France, e o Professor Appell, da Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, buscaram estreitar os laços culturais da França com o Brasil, tendo sido criada a cadeira de Estudos Brasileiros na Sorbonne, fazendo com que intelectuais dos dois países buscassem intercâmbio de estudos para Alfredo Pujol, Américo Braziliense, Ramos de Azevedo, entre outros. Ainda, em 1936 o Conselho Nacional de Educação avaliou o Liceu Franco Brasileiro como excelente, destacando eficiência e moralidade no ensino.
4 - PINOTTI, Henrique Walter. O Cambuci outrora e agora. São Paulo: editora do autor, 2006, páginas 41 e 42.
5 - ANGRIMANI, Danilo. Vila Clementino, Série História dos Bairros de São Paulo, Volume 25 – Vila Clementino, São Paulo: Prefeitura do Município de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura - Departamento do Patrimônio Histórico (PMSP/SMC/DPH), 1999, páginas 39-41.
6 - O Estado de São Paulo. Câmara presta homenagem ao Liceu Pasteur, domingo, 30 de setembro de 1973, página 40.
Nesta homenagem o ex-aluno Antonio Salles Leite, então Presidente da Companhia de Telecomunicações de São Paulo S.A. (TELESP), narrou breve histórico: em 1908 os intelectuais franceses Georges Dumas e Charles Richet vieram ao Brasil e contataram Victor da Silva Freire, Carlos Botelho e Betencourt Rodrigues para estreitar laços entre o Brasil e o Agrupamento das Universidades e Grandes Escolas da França para as Relações com a América Latina, o que veio apenas em 4 de novembro de 1921 concretizar-se com o lançamento da pedra fundamental da União Franco Paulista, na presença do Presidente do Estado de São Paulo, Dr. Washington Luís Pereira, e do Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras; em 1923 foi criada a Sociedade Franco Brasileira, em novembro deste ano, sob a presidência do jornalista Júlio Mesquita, ocorreu a reunião preparatória do Conselho de Administração, no mês seguinte as atividades iniciaram-se com aulas aos alunos externos; já em 1926 a União Franco Paulista estava instalada na Rua Mairinque, Vila Clementino; em 1941 por legislação federal passou a chamar–se Liceu Pasteur; em 1964 foi reconhecido como entidade de utilidade pública; em 1965 foi instalado na Rua Vergueiro o Curso Complementar Especial em Língua Francesa; desde 1970 o Curso Experimental Bilíngue.
7 - LICEU PASTEUR. Comemoração dos 50 anos da Unidade Vergueiro do Liceu Pasteur, Notícias / Reportagens, REPORTAGENS, 03/12/2014, disponível em http://www.liceupasteur.com.br/noticias/reportagens/comemoracao-dos-50-anos-da-unidade-vergueiro-do-liceu-pasteur e capturado em 16/02/2016 - 18:58.
8 - Folha da Noite. Vae-se reabrir o Lyceu Franco Brasileiro? Para solucionar a crise veio um technico de Paris, terça-feira, 5 de janeiro de 1924, página 1.
9 - Folha da Manhã. Notas officiaes, quinta-feira, 3 de setembro de 1925, página 10.
10 - Folha da Manhã. A acção dos escoteiros e dos pioneiros paulistas, domingo, 31 de julho de 1932, página 1.
11 - O Estado de São Paulo. Falecimentos, Caderno Cidades / Metrópole, terça-feira, 28 de novembro de 2006, página C3.
Nascida em Iguape, em 27 de setembro de 1903, Dona Francisca era filha do Sr. Francisco Duberger de Oliveira e de D. Maria A. F. de Oliveira. Cursou e formou-se pela Escola Normal do Brás, em São Paulo, vindo a lecionar na zona rural de Registro, para imigrantes japoneses. Foi professora do Grupo Escolar de Iguape (de 1925 a 1930), do Grupo Escolar Marechal Floriano, em São Paulo (de 1930 a 1953) e do Liceu Pasteur (de 1949 a 1953). Foi diretora do Curso Primário do Liceu Pasteur de 1953 a março de 2002. Contraiu matrimônio com o Sr. Joaquim Franco Figueiredo, com quem teve os filhos Jacyra e Ubirajara. Faleceu em 25 de novembro de 2006, contando 103 anos de idade, deixando os filhos, netos e bisnetos.
12 - O Estado de São Paulo. Falecimentos, Caderno Cidades, quinta-feira, 23 de setembro de 1999, página C7.
Nascido em Interlaken, Suíça, Hermann Urbano Nabholz veio ao Brasil quando criança. Dominava Matemática, Física e Química, lecionando em Português e em Francês. Foi docente do Liceu Pasteur durante 43 anos. Faleceu na madrugada de 19 de setembro de 1999, em São Paulo, contando 86 anos de idade, deixando a esposa, a Professora Nelly Borelli Nabholz (também docente do Liceu Pasteur), filhos e os netos.
13 - O Estado de São Paulo. Quem são os membros nomeados para o Conselho de Ministros, sábado, 09 de setembro de 1964, página 4.
O Estado de São Paulo. Morre o embaixador Walther Moreira Salles. O banqueiro, que criou o Unibanco, foi embaixador do Brasil nos Estados Unidos e ministro da Fazenda no governo João Goulart nos anos 60, Caderno Economia, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2001, página B8.
Nascido em 28 de maio de 1912, em Pouso Alegre, Minas Gerais, Walther Moreira Salles era filho de Dona Lucrécia Moreira Salles e do comerciante João Salles, com o qual veio a trabalhar desde criança no armazém. Veio a São Paulo para estudar, o Curso Primário e Secundário, no Liceu Franco Brasileiro. Em 1936, graduou-se na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Veio a abrir o Banco Moreira Salles em sociedade com o pai, negócio que prosperou. Casou-se com a Senhora Hélène Matarazzo, com a qual foi pai de Fernando. Em abril de 1948 foi nomeado Diretor da Carteira de Crédito Geral do Banco do Brasil. Em abril de 1951 foi nomeado pelo então Presidente da República Getúlio Vargas para a diretoria executiva da Superintendência de Moeda e do Crédito (SUMOC), órgão que veio a tornar-se em 1964 o Banco Central do Brasil. Naquele mês veio a participar da 4ª Reunião dos Chanceleres Americanos, realizada no Brasil, na condição de conselheiro econômico do Ministro das Relações Exteriores, Em 1952 foi nomeado embaixador do Brasil nos EUA, recebendo nova nomeação pelo Presidente Juscelino Kubitschek. Na Presidência de Jânio Quadros, negociou a dívida externa brasileira, com retumbante êxito para o País. Veio a casar-se em segundas núpcias com a Sra. Eliza Gonçalves, a Elizinha, com a qual teve Walther Salles Júnior (o célebre cineasta), Pedro e João Moreira Salles (ex-presidente do Conselho de Administração do Unibanco). Em 1963 no governo de João Goulart foi Ministro da Fazenda, mas com o golpe militar, retornou à iniciativa privada. Com a aquisição dos Bancos Predial, Agrícola e Mercantil, em 1975 a fusão veio a tornar-se a União dos Bancos Brasileiros S.A. (Unibanco S.A.). Em 1990 criou o Instituto Moreira Salles, para a difusão cultural. No ano seguinte, deixou a presidência do Unibanco a cargo de Roberto Konder Bornhausen. Faleceu em 27 de fevereiro de 2001, em sua casa de veraneio no distrito de Araras em Petrópolis, Rio de Janeiro, aos oitenta e oito anos de idade, deixando quatro filhos e netos.
14 - LICEU PASTEUR. VI Encontro com Profissionais. Encontro Profissional é um dos eventos mais importantes do calendário do Liceu Pasteur. Ele leva aos alunos mais informações que ajudam a fazer uma escolha mais acertada de que caminho seguir profissionalmente, Notícias / Reportagens, REPORTAGENS, 22/04/2015, disponível em http://www.liceupasteur.com.br/noticias/reportagens/vi-encontro-com-profissionais e capturado em 16/02/2016 - 19:07.
15 - CAETANO, Laura. Coral, Orkut, Comunidade Liceu Pasteur, 11/02/2005, disponível em http://orkut.google.com/c50535-tdbbde3d03264baa1.html e capturado em 04/01/2016 - 19:15.
16 - CORREIO PAULISTANO. Conferências. Liceu Pasteur, quarta-feira, 14 de outubro de 1942, página 8.
O evento estava programado para quinta-feira, 22 de outubro de 1942, às 20:30 horas.
17 - Página da entidade Pasteur Athlétic Club (PAC): http://www.pacrugby.com.br/
18 - O Estado de São Paulo. Falecimentos, Caderno Cidades / Metrópole, domingo, 20 de setembro de 2009, página C6.
Nascido na capital paulistana, em 17 de maio de 1930, Dr. Pedro era um dos nove filhos do Sr. Salomão José Kassab e de D. Luiza David Kassab. Graduou-se em Medicina pela Universidade de São Paulo em 1953. Antes, vinha lecionando Física para o Curso Oswaldo Cruz, do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, junto à Faculdade de Medicina. Foi professor de Estudos Brasileiros no Curso de Pós-Graduação em Administração Hospitalar e de Saúde, mantido pela Fundação Getúlio Vargas e pela Faculdade de Medicina. Entre outros cargos honoríficos na área de Educação e de Saúde, foi Diretor-Geral do Liceu Pasteur de 1957 a 2009. Contraiu matrimônio com a Sra. Yacy Kassab, com quem teve os filhos Pedro, Sérgio, Márcia, Renato, Gilberto, Marcos e Claudio. Faleceu em 15 de setembro de 2009, contando 79 anos de idade, deixando os filhos e netos.
19 - O Estado de São Paulo. Excursões de estudo de funcionários do SENAI, sábado, 03 de julho de 1954, página 9.
O Estado de São Paulo. Falecimentos, Caderno Cidades / Metrópole, sexta-feira, 22 de junho de 2007, página C6. Missa de sétimo dia em sufrágio da alma de Antônio de Arruda Meyer.
Ex-alunos do Liceu Pasteur. Faleceu hoje o Prof. Meyer, Orkut, 17 de julho de 2007, disponível em http://orkut.google.com/c38758-tb4d7f2da50b5ddcf.html e capturado em 25/08/2015 - 17:45.
Diretor do ensino fundamental (5ª à 8ª série) do Liceu Pasteur, Antônio de Arruda Meyer era professor e diretor desta Escola. Em julho de 1954, chefiou a caravana de funcionários do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em excursões para o Nordeste e o Norte do Brasil, para conhecerem mais a realidade brasileira. Faleceu em 17 de junho de 2007, por volta das 4 horas, deixando a esposa, Dona Guiomar Pires de Almeida Meyer, filhos e netas.
20 - PENTEADO, Fabiana. Fatos recentes, Orkut, Comunidade Liceu Pasteur, Greve em 90 e Greve - parte 2, 08/07/2005, disponível em http://orkut.google.com/c50535-t6afc9307c628b3a6.html e capturado em 04/01/2016 - 19:08.
21 - LICEU PASTEUR. Mais do que ensinar. Alzira Tieko Katsuya passou 47 anos lecionando no Liceu Pasteur e, em 2011, encerra sua jornada como professora da Instituição. Referência para todos aqueles que escolhem seguir a profissão, ela deixa um recado: ser professor é mais do que ensinar, Notícias/Reportagens, REPORTAGENS, 08/11/2011, disponível em http://www.liceupasteur.com.br/noticias/reportagens/mais-do-que-ensinar e capturado em 16/02/2016 - 17:53.
22 - CANGELLI, Lucas. Greve!!!Quem participou?, Orkut, Comunidade Liceu Pasteur, 08/09/2005, disponível em http://orkut.google.com/c50535-t88ca939753fcebc9.html e capturado em 04/01/2016 - 18:59.
23 - O programa “O Líder em Mim”, trazido ao Brasil pela entidade "Somos Educação", baseia-se nos ensinamentos do saudoso mentor Stephen Covey, autor dos best-sellers “Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” e “Primeiro O Mais Importante”. Nascido aos 24 de outubro de 1932, em Salt Lake City, Utah, EUA, o célebre escritor foi Mestre em Administração pela Harvard University e Doutor pela Universidade Brigham Young, vindo a falecer aos 16 de julho de 2012, Iem daho Falls, Idaho, EUA, deixando a viúva Sandra Covey (com quem foi casado desde 1957), nove filhos como Stephen M. R. Covey, cinqüenta e dois netos e importantes obras.

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Luiz Negrão

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