Rosane Rommel Cardoso
A rua é deserta
O silêncio é de vidro
Um sonolento vapor se tece de luz
Percorro as ruas de pés descalços
cabelos e boca vermelhos
no percalço de fantasmas
que no uivo do vento
correm de braços abertos
brincando de bater nas esquinas
A rua é deserta
O silêncio é de vidro
Os relógios brincam de demorar
Sob o sol causticante
espero por ele
Um silêncio perverso
Um estrépito de asas
A rua se estilhaça
O silêncio e meu coração
são de pedaços!
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