Retrospectiva 2021

Cris Netto

2021 foi um ano de superação, de reencontro, de recomeços. Aprendi a trabalhar de máscara, a encarar a rotina de trabalho fora de casa como uma batalha diária de sobrevivência. Não só a financeira, mas a mental e física também. Pessoas diariamente nos desafiam e nos instigam a melhorar.

Um ser microscópico me desafiou a ser mais temerosa e desconfiada. Não deixa de ser uma transformação. Para melhor ou pior. Continuei na vida de mãe-professora. Li "Educação no Lar", de Charlotte Mason e me identifiquei com sua pedagogia, cronologicamente ultrapassada, mas muito atual. Conheci mais da mãe que quero ser.

Entrei para as estatísticas dos que comemoraram aniversários significativos na pandemia. Fiaz 40 anos com uma festa sem amigos, rodeada de amor, mas com lacunas importantes que fizeram falta.

Corri para dar conta de tudo e, ao chegar ao fim, vi que deixei muita coisa por fazer e outras tantas que foram feitas na pressa de quem tem urgência por viver. Concluí um curso de formação de escritores, participei de duas coletâneas e vendi vários exemplares dessas obras. Intensifiquei a escrita e tive a cara de pau de me mostrar escritora para muita gente. Conheci virtualmente um escritor famoso e fiz amizade com ele. Conheci outros que só li nos livros. Almocei sozinha em um restaurante chique e brindei no ar um dia todinho meu.

Depois de meses "concorrendo" para ser a mãe do ano, seguindo a cartilha e fazendo tudo certo, não pude ir no encerramento do ano da escola. Um dos revezes desse ano nada convencional. A vida fazendo graça do planejamento.

Fui a favor da ciência e tomei as duas doses da vacina contra o Covid, mais a dose de reforço. Não virei jacaré e cheguei até aqui para fazer essa retrospectiva. Pode não ter sido o melhor dos melhores, mas sem dúvida, foi um bom ano. Na noite do dia 31/12, o desejo é de virada, realmente. Virada de chave. Por hora, apenas gratidão.

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