Lição


Sara Ribeiro

Nem todo mundo vai gostar de você.
Sabe aquele botão de dislike que tem embaixo dos vídeos do youtube? Então.
Ele existe na vida real também, só que nem sempre ficamos sabendo.
E nem sempre vai ser tão silencioso, tão elegante e tão bem formulado para nos entregar a opinião alheia. Na maior parte das vezes, a rejeição vai vir em forma de olhar, de falar, de não falar. Dependendo da situação, ela vai surgir por que alguma coisa aconteceu. Às vezes, nada vai acontecer.
E ainda assim você vai ser desamado. E vai desamar também.
E sabe qual é o problema?
Nenhum.
Não tem absolutamente nenhum problema nisso.
Ninguém é obrigado a gostar da gente.
E também não somos obrigados a gostar das outras pessoas.
Eu sei, rejeição é uma coisa complicada.
Às vezes, você vai achar que o problema é você.
Às vezes, você vai achar que o problema é a outra pessoa.
E você pode até tentar fazer algo a respeito, mudar o que acha que incomoda o outro ou pedir para o outro mudar o que incomoda pra você.
Nem sempre vai funcionar. Nem sempre as pessoas vão querer de fato se adaptar.
Às vezes, elas já estão adaptadas. Só que a si mesmas.
Às vezes a rejeição pode se transformar em outra coisa.
E às vezes não vai se transformar em mais nada.
É o que é. Como tantas outras coisas que apenas são sem motivo.
Nem sempre nosso gostar vai ser recíproco. Às vezes daremos azar.
E quando dermos sorte, vamos saber. A gente sempre sabe.
Reciprocidade é um privilégio, não uma regra.
Talvez o segredo seja valorizar suas reciprocidades e aceitar suas rejeições: Até mesmo os privilégios e as regras são impermanentes.
Você é a única pessoa que tem o dever real e intransferível de gostar de si mesmo todos os dias de sua vida.
E tá tudo bem.

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